Com a máquina de fazer bottons é possível entrar no mercado de brindes. E com a proximidade da Copa do Mundo, os negócios no segmento deverão crescer. A máquina é fabricada por uma empresa de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.
A máquina de bottons faz um produto cada vez mais comum em eventos e brindes corporativos. A expectativa do fabricante da máquina, Chigueto Ishi, é que a procura dispare. “O mercado está em alta, de bottons, e na Copa de 2014 acredito que a procura vai ser muito, praticamente umas cinco vezes mais”, avalia.
Chigueto é engenheiro, mas largou a profissão para montar o próprio negócio. Ele mesmo desenvolveu a máquina de bottons, em 1997, inspirado em modelos norte-americanos.
O equipamento é uma pequena prensa, de três quilos. O processo de produção tem duas operações rápidas. Primeiro é preciso colocar uma tampa de metal na máquina, com a arte impressa em um papel comum. Em cima vai um filme de poliéster, para proteger e dar brilho à imagem. E é só abaixar a prensa. Depois, na segunda operação, é inserida a base de plástico com alfinete, é prensada de novo e está pronto o botton: em cinco segundos.
Seguindo o mesmo princípio, a máquina faz vários outros produtos. Basta mudar a base de metal. É possível fazer um abridor de garrafas, chaveiro, espelho e até porta retrato. “O mercado é o mesmo para a empresa de bottons. Ou seja, empresa de brindes, publicidade. O mais importante é que o cliente já está na mão”, explica o empresário.
O investimento para montar a minifábrica de bottons é de R$ 1,1 mil. Inclui a prensa, o cortador de papel e uma matriz de 2,5 centímetros ou 3,5 centímetros de diâmetro. É possível fazer também bottons maiores, para isso você precisa comprar outras matrizes. Cada uma custa, em média, R$ 500. Em 16 anos, a empresa vendeu mais de 2 mil máquinas de bottons para o Brasil, Bolívia e Argentina. O faturamento da fábrica é de R$ 200 mil por mês.
“Os bottons são muito utilizados principalmente em redes de supermercados, para identificação de funcionários, congressos, passeatas, os jovens usam em boné, mochila, enfim, o mercado é muito grande.”
Em 2010, o designer André Barros e a mulher dele, Edmara Barros, tinham empregos fixos, quando compraram a primeira máquina de fazer bottons. Um ano depois, o negócio deu tão certo que eles compraram mais uma máquina e largaram o emprego para se dedicar só aos bottons. Eles são de São Paulo.
“Valeu a pena, nós trocamos a segurança do nosso emprego por um negócio próprio, e é isso que a gente quer mesmo, é focar na nossa empresa, e expandir cada vez mais”, diz a empresária.
Os empresários fazem tudo em uma pequena sala, com duas prensas, dois computadores e uma impressora. Eles criam a arte, imprimem, e Edmara corta de cinco em cinco folhas, para agilizar. As prensas são operadas por André, com a ajuda da filha Rayuli. Eles chegam a produzir 3 mil bottons por dia.
Para vender a dica dos empresários é fazer muitos contatos com agências de publicidade. “Quando eu entrei, não conhecia muito do ramo, foi mais por curiosidade, depois fui percebendo que foi aquecendo o mercado, e hoje muita gente conhece, antigamente não era tão divulgado assim”, diz o empresário.
Considerando só o custo da matéria-prima, cada botton de 2,5 centímetros sai para o empresário por R$ 0,25. E é vendido por mais que o dobro: R$ 0,66.
“A expectativa é grande, a gente sabe que todo turista vem para o Brasil, conhecer as praias, e tudo mais, o que o Brasil tem de melhor. E o botton tem que estar junto. Não pode faltar o botton como uma lembrança, que ele vai levar para os amigos, família. E é isso que a gente espera”, afirma.
Fonte: G1